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Galactic Cruise (Review)

1500 reais para brincar de Elon Musk. Vale a Pena?

Eduardo Vieira por Eduardo Vieira
4 dias atrás
em Blog Nórdico, Board Games, Fora da Caixa
Reading Time: 8 mins read
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Galactic Cruise (Review)
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Elon Musk's SpaceX Prepares for 2 Ambitious Launches This Weekend

Que tal passar uns dias no espaço?

Sinceramente, eu acho isso uma ideia de jerico. Nunca que eu gastaria meu dinheiro para passear de foguete por uns dias e voltar. Tem muito lugar legal na Terra (ah, a Suíça, que saudades)… Se dependesse de mim, esse tipo de ideia não passaria no primeiro nível de brainstorming de um negócio.

E é por isso que eu sou pobre. O homem mais rico do mundo, Elon Musk acreditou justamente nisso e, com sua SpaceX, leva as pessoas para passar mal com a força da gravidade e terem certeza que a terra é, de fato, redonda (ou quase isso). Na verdade ela ganha mais dinheiro colocando satélites e com a Starlink, mas a visão está lá e seus foguetes dão marcha ré.

Em Galactic Cruise você é um executivo de uma empresa especializada em cruzeiros espaciais e seu objetivo é se tornar o CEO da empresa, sendo o funcionário de mais prestígio. Para isso, você precisa fazer de tudo: arrumar clientes interessados, propor cruzeiros galáticos, criar foguetes equipados com atrações legais e, principalmente, fazê-los decolar. Você precisará percorrer todos os departamentos da empresa e criar vínculos que facilitem as coisas é super importante. Além disso, você poderá desenvolver tecnologias que facilitem a operação como um todo.

O jogo é de autoria de 3 designers (T.K.King, Dennis Northcot e Koltin Thompson) e a arte e o design gráfico tradicional são do onipresente Ian O’Toole. O jogo está chegando no Brasil trazido pela Jelly Monster em uma edição super caprichada (e cara). Além disso, o jogo está no BGA.

Na minha humilde opinião, é o grande lançamento nacional do segundo semestre de 2025 e é o melhor jogo novo que joguei esse ano.

Nesse artigo eu vou dar uma visão geral do jogo, dar algumas ideias de estratégia (eu joguei 4 partidas, uma no físico e 3 no BGA) e a minha opinião sobre o produto em si  e seu preço final, que é realmente salgado, mas que não está absurdo dentro do que se pratica hoje em dia.

Bem vindo a Galactic Cruise. Precisa-se de um CEO!

O jogo não faz alusão ao Elon Musk. Na verdade, a empresa em que “trabalhamos” (que se chama “Galatic Cruise”) é algo mais parecido com a Costa Crociere e a MSC do que com a Star X. Os Cruzeiros são atividades realmente turísticas com “paradas” (aonde?) e atrações dentro do foguete.

A questão é que o CEO declarou que vai se aposentar em 3 anos nós, como executivos da empresa, estamos numa espécie de competição para sucedê-lo. Quem performar melhor nesse período ganha o cargo.

A empresa possui basicamente 12 “departamentos” divididos em seis espaços de ação. A cada turno você manda um dos seus meeples a um desses espaços e pode fazer duas ações ali, em princípio. Se você tiver desenvolvido seus relacionamentos com os demais departamentos (representados pelas engrenagens) você pode fazer ações do locais próximos e, mesmo que você não tenha os relacionamentos, pode usar o relacionamento de um dos adversários, mas aí “para rir, tem que fazer rir” e você paga créditos pro coleguinha em questão de acordo com a sua reputação.

Você começa o jogo com dois meeples e os lugares nunca estão “presos”. A questão é, se você vai em algum lugar que já está ocupado, o meeple anterior sai e o seu jogador ganha um bônus (que pode ser dinheiro, recurso, anúncio ou pontos). Se chega um momento em que todos os seus meeples estão no tabuleiro você tem que “marcar uma reunião” e com isso retirá-los do tabuleiro, ganhar um bônus e realizar uma única ação (em um lugar onde ligado a uma das sua engrenagens – todos começam com pelo menos uma).

Não existe um único caminho a ser seguido, mas o jogo se baseia em uma série de eventos de interação positiva. Praticamente tudo o que você faz cria oportunidades para os colegas. Você encheu os estoques (e com isso ganhou dinheiro e reputação), os outros vão poder pegar recursos. E por aí vai.

Depois que você consegue montar um foguete e ter clientes para um cruzeiro, você tem a opção de lança-lo. Isso toma um turno inteiro, um dos seus meeples vai na viagem como piloto e então acontece uma “contagem regressiva” (que no fundo é um checklist para verificar se o foguete pode partir). Enquanto o foguete viaja, você ganha vantagens, pontos e libera algumas melhorias que jogo te dá, de acordo com o perfil do cruzeiro.

O tempo do jogo é controlado pelas avaliações “anuais”, que basicamente ocorrem quando uma série de eventos acontece: esses podem ser o lançamento de foguetes ou alguém alcançar uma das três metas colocadas pelo CEO no início do jogo. Cada vez que isso acontece o jogador coloca um cubinho na avaliação anual e ao fim do ano ela elas valem pontos multiplicados pelo números de “asas” do jogador (que basicamente são as metas atingidas mais a possível liderança na trilha de reputação).

Quando o gatilho da terceira avaliação é causado joga-se a rodada até o final, mais uma última rodada, seguida de uma viagem e o jogo acaba. Aí acontecem várias pontuações levando em conta tudo o que você fez (os foguetes que foram montados, a quantidade de desenvolvimentos liberados, os recursos, etc) e quem tem mais ponto vence a partida e se torna o novo CEO da Galactic Cruise. Boa sorte nessa nova fase da sua carreira!

Avaliação

A few of the custom wooden pieces for our prototype printed by Meeple Studio (not final art).

O jogo lembra muito os jogos do Vital Lacerda, só que sem a burocracia do Designer português. Você precisa planejar bem o que vai fazer e também ficar atento as oportunidades de ganhar uma vantagem ou outra, mas você não se sente preso, o jogo quase sempre te dá uma opção de acelerar pagando um custo mais alto (a trilha de reputação quase sempre pode ser gasta para conseguir um recurso faltante). Tomar as decisões de quanto otimizar ou não é o cerne do jogo.

Jogos que se passam em ambiente corporativo caem como uma luva na mão do Ian O’Toole. Todo o design gráfico te passa a impressão que você está realmente numa empresa e, como sempre é muito fácil entender as ações do jogo através da sua iconografia. O manual do jogo tem incríveis 43 páginas e o design consegue deixar quase tudo as claras em um tabuleiro de relativa fácil leitura.

Como todo jogo onde o tempo não é fixo e sim dependente do que fazem os jogadores, é preciso se ligar que isso não ocorre de forma linear. A primeira avaliação demora um bom tempo para acontecer, pois todos estão montando a sua infraestrutura, mas a partir disso o jogo  pode andar muito rápido. Eu já me dei mal com isso, estava até na frente do jogo, mas me meti a fazer um terceiro foguete e não deu tempo. Fiquei em último.

O jogo é realmente muito bom. Eu normalmente prefiro jogos mais elegantes, sem tantas opções de ação, mas esse jogo é tão fluido e tudo faz tanto sentido que ele realmente não me incomoda. Todas as ações são úteis em algum momento e não existe uma sequencia claramente ideal.

Há uma tendência em priorizar os desenvolvimentos no início do jogo (até porque existem bônus de reputação para quem os faz primeiro), mas você pode ir por outros caminhos. É muito importante prestar atenção nas metas que o jogo coloca.

Uma outra dica importante é estar ligado nas cartas de agenda (que basicamente te permitem fazer ações bombadas quebrando as regras normais do jogo) e nas tecnologias, pois elas facilitam muito a vida. Alem disso, as agendas podem ser trocadas por recursos ou gastas para encher os silos (o que dá dinheiro e reputação).

A medida que você vende cruzeiros o jogo desbloqueia algumas melhorias e você passa a ter mais renda passiva. Então, vale a pena fazer alguns cruzeiros mais curtos. Em compensação, cruzeiros longos dão mais pontos. É importante achar um equilíbrio nisso. Normalmente dá pra fazer pelo menos 3 cruzeiros na partida.

O Produto e a Grande Pergunta: vale o preço?

Galactic Cruise physical expansion boxes have arrived!

A cópia física que eu joguei foi levada pela Jelly Monster a Covil Con e é muito parecida com aquelas caixas da Eagle Griffon (que faz a maioria dos jogos do Lacerda, como o On Mars). É material de alta qualidade, com vários inserts, tudo arrumadinho, padrão AAA de jogo de tabuleiro moderno.

Eu não vi a versão brasileira ainda, mas pelo que os editores prometeram e pelo preço, não espero menos que isso (o Paulo comentou no review que fez que a qualidade está ótima).

O que nos leva a discussão sobre o preço: o jogo está sendo lançado a R$1000,00 reais e as duas expansões a R$250,00 cada uma delas (Advancements e Accommodations).  Mil e quinhentos reais pela experiência completa.

Vale a pena?

Essa resposta só pode ser dada individualmente. É uma grande quantidade de dinheiro, mais do que um salário mínimo. O equivalente a 2 ou 3 jogos “normais”. Por mais que eu tenha gostado do jogo, recomendo cautela.

Nós aqui no Covil temos como máxima que não existe jogo obrigatório. Obrigatório é pagar as contas, sustentar a família, colocar as crianças na escola. Comprar Jogo é um privilégio que só devemos realizar se não for atrapalhar o que é de fato importante.

Por outro lado, lembre-se também que quando você compra um jogo não está pagando apenas os componentes. Além do “hardware” (que são as peças, a caixa, o insert) tem o “software”, que é o jogo em si: as regras, o design, todo o período de teste que o tornou uma experiência legal. E Galactic Cruise entrega muita coisa nessas duas pontas.

Galactic Cruise é  um jogo complexo, tem um setup e um tempo de partida de médio para longo. Não é para todo mundo. Não é um jogo para jogar com novatos, mas é uma ótima pedida para jogadores experimentados.

Como ele está no BGA, você não precisa fazer um crediário para conhecê-lo. Minha sugestão é que você jogue primeiro e depois avalie.

Dito isso, eu comprei!

Nota: 9.5

 

Tags: #covildosjogosBoard gamesJelly MonsterJogos de Tabuleiro
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Eduardo Vieira é analista de sistemas, e participa do Hobby desde 2018, mas vem tentando descontar o tempo perdido! É casado, mora no Rio de Janeiro e vive reclamando que não tem parceiros para jogar tudo que compra!

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Comentários 2

  1. Matheus says:
    3 dias atrás

    Mano, complicadíssimo esse preço. Mais caro que um Betrayal of the Second Era e quase o preço de um Frosthaven, que são jogos muito mais caprichados em componentes e maiores em conteúdo. Jogo de partidas “pequenas” e com componente de papel/papelão por esse valor eu passo, independentemente do quão boas são as mecânicas.

    Responder
  2. Avatar photo Eduardo Vieira says:
    2 dias atrás

    Matheus,

    Também acho muito caro, mas acaba sendo o preço para importar jogos desse porte e com esse nível de produção.

    Acho que o pior foram as expansões, que são metade do preço do jogo. É se aproveitar demais do FOMO da galera. Porém, compra quem quer, o jogo funciona perfeitamente sem elas.

    Quanto a componente e conteúdo, eu confesso que não entendi. O jogo tem vários componentes de madeira, de vários formatos e as partidas não são “pequenas”. Se você for comprar um On Mars hoje vai pagar mais ou menos isso. Jogos desse tipo não tem uma tiragem muito grande e isso também impacta no preço.

    Pelo seu comentário, acredito que você seja um jogador mais de jogos temáticos, de campanha. É uma questão de gosto, mas olhando objetivamente, não acho que Galactic Cruise seja um jogo “menor” do que os que você citou.

    Obrigado pelo feedback!

    Um abraço,

    Eduardo

    Responder

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