Faaaaaalaaaa Povooo ! Aqui é o Pikachu mais uma vez no Papo do Ladino. Como vocês estão nessa quarentena? Espero que bem. Continuando a minha série sobre os jogos que eu joguei na Spiel, hoje falarei sobre os jogos que eu joguei na Conclave Editora.
Ao todo foram 4 jogos que eu joguei da editora: Teseu, Van Gogh, Soberano e Sir Holland: A Fuga da Torre. Aqui neste artigo falarei de todos estes menos do Soberano, uma vez que nosso grande Covileiro Eduardo Vieira já fez um texto sobre o jogo, que vocês podem conferir no link abaixo:
Antes de começarmos vale ressaltar que está análise foi feita através dos protótipos dos jogos. Portanto artes e regras podem sofrer alteração em suas versões finais.
Teseu
Ficha Técnica:
Designer: Éderson Ayres Castro
Tempo de Jogo: 45 minutos Número de Jogadores: 2 a 6.
Mecânicas: Ação/Movimento Programado, Pegar e Entregar, Rolagem de Dados, Rolar e Mover, Tabuleiro Modular, Toma essa.
Descrição:
Teseu é um jogo em que você se colocará no papel de herói da mitologia grega, em busca de um desafio: ser o primeiro a derrotar o Minotauro em um labirinto móvel, inspirado no mito de Teseu e o Labirinto de Creta.
No jogo você deve adentrar ao centro do Labirinto sem ser capturado pelo Minotauro, pegar o Artefato que lhe dará direito a uma das réplicas da Adaga que Teseu usou para matar o Minotauro. Retornar para a parte externa do Labirinto, igualmente sem ser capturado, trocar o Artefato por uma das réplicas da Adaga de Teseu. Equipar a Adaga, adentrar novamente no Labirinto até encontrar o Minotauro para derrotá-lo.
Gameplay:
Diferente de sua versão anterior, agora no jogo, ganha aquele com maior quantidade de pontos de vitória. O jogo pode se encerrar de duas formas, matando o Minotauro, que concede 4 PV, ou chegando a 7 PV primeiro.
No jogo cada participante terá uma mão de 6 cartas, que são iguais e numeradas de 1 a 6. Essas numerações servirão para determinar a ordem de iniciativa da execução das cartas, onde as cartas de menor numeração começam. Através de suas cartas os jogadores irão andar no labirinto, mudar as paredes de lugar e até mesmo controlar o Minotauro. Ao controlar o Minotauro um jogador pode até mesmo matar outro jogador, fazendo que o mesmo retorne a parte mais externa do labirinto.
Outro ponto interessante do jogo são as cartas de evento (vermelhas) e as cartas de uso único (azuis). Ambas essas cartas ficam em um mesmo baralho. Quando um jogador joga sua carta de valor 1 ou é morto ele compra uma carta desse baralho. Caso for uma carta de evento ele deve jogá-la imediatamente, caso for uma carta de uso único ele guardará em sua mão, e poderá jogar a carta no lugar de uma das cartas numeradas em seu turno.
Cartas de evento trazem uma grande mudança do jogo, alterando alguma das regras do jogo, ou até mesmo adicionando novas criaturas ao labirinto. Cartas de uso único têm iniciativas como as outras cartas e possuem efeitos variados e ajudam a dar uma imprevisibilidade a sua jogada, uma vez que seus oponentes não sabem que você pode fazer.
Quando você mata um jogador com o Minotauro ou você mata uma criatura diferente do Minotauro, você retira fichas de ponto de vitória de um saco. Essas fichas são secretas para os outros jogadores e possuem o valor de 1 a 3.
Considerações:
A nova versão de Teseu apresenta um jogo com uma boa gama de estratégia, mas com uma dose certa de caos trazida pelas cartas de evento e cartas únicas. Os monstros que entram pelo labirinto através das cartas de evento possuem poderes diferentes, desta forma aumentando a rejogabilidade uma vez que, dificilmente todos os monstros irão aparecer na partida.
A vitória ser através de pontos de vitória também trouxe uma nova cara ao jogo, uma vez que matar o Minotauro lhe trará um grande número de pontos, mas não é garantia de vitória.
Aguardo ansioso pelo lançamento de Teseu, pois sem dúvida que será um jogo que terei na minha coleção.
Sir Holland: A Fuga da Torre
Ficha Técnica:
Designer: Eurico Cunha Neto, Daniel Alves, Alexandre Reis.
Artista: Sandro Zambi
Tempo de Jogo: 30 minutos Número de Jogadores: 2 a4.
Mecânicas: Ação / Movimento Programado, Movimento de Área.
Descrição:
Em uma noite de trevas, o reino de Nheko’s conheceu a ira dos vilões, o Mago Negro e o Cavaleiro Negro, grandes inimigos de Sir Holland. Todos os habitantes do reino foram capturados e confinados em uma torre, um lugar sombrio e cheio de ameaças.
Mas alguns heróis não vão se conformar tão facilmente! Encontrando uma brecha para fugir do calabouço, vão tentar escapar da torre… escalando! Eles irão usar todas as suas habilidades para desviar dos vilões e tentar chegar ao topo o mais rápido possível. Mas é claro que nessa jornada, muitos imprevistos podem acontecer, e os heróis podem sem querer, colocar os outros em perigo – e é claro que os vilões estarão atentos a isso!
Gameplay:
Sir Holland apresenta uma mecânica bem simples onde os jogadores possuem um deck de cartas e cada turno você deverá jogar uma delas. As cartas fazem você andar, subir, interagir com elementos do cenário e até mesmo mexer com os vilões.
No cenário existem escadas, portais, passagens secretas e esconderijos. A interação dos jogadores com esses elementos através das cartas, e o toma essa com o uso dos monstros é o que dá o charme do jogo. Ganha aquele que chegar com seus 2 personagens no topo primeiro, ou quem chegou mais perto de fazer isto.
Considerações:
Sir Holland: A Fuga da Torre é um jogo muito bom para apresentar novos jogadores. O jogo possui mecânicas simples e têm um tema chamativo.
A maneira cartunesca das ilustrações juntamente com a interação do cenário geram uma sensação estilo “Scooby Doo” na perseguição dos vilões, o que dá uma atmosfera única ao jogo.
Van Gogh
Ficha Técnica:
Designer: André Teruya Eichemberg
Artista: André Teruya Eichemberg
Tempo de Jogo: 40 minutos Número de Jogadores:1 a 5.
Mecânicas: Alocação de Trabalhadores, Controle/Influência de Área, Jogadores com Diferentes Habilidades, Ordem de Fases Variável
Descrição:
Como seria vivenciar, por um tempo, a mente de Vincent Van Gogh?
Essa é a premissa de Van Gogh, um jogo em que somos as inspirações dentro da mente do artista, os Minigoghs (meeples), seres com personalidades e poderes distintos: minigoghs felizes, sonhadores, impacientes, melancólicos e brincalhões.
Como Minigoghs tentaremos exercer a maior influência possível em Van Gogh e em sua arte.
Gameplay:
Van Gogh é um jogo de ordem de fases variável, portanto em seu turno um jogador vai escolher a ação de um dos 6 personagens disponíveis e realiza-la e os outros jogadores farão a mesma ação porem mais ‘fraca’.
O ponto chave do jogo é seu sistema de alocação que funciona através do posicionamento dos meeples. Os jogadores rolarão os meeples e vão aloca-los de acordo com a posição que pararam na rolagem. No caso são 4 posições: em pé, deitado de lado e diagonal.
Você usará os meeples para pintar os quadros de Van Gogh, e quando um quadro for completado, o sentimento (jogador) que tiver mais presença naquele quadro ganhará a maior pontuação no mesmo.
Vale ressaltar que a ação de pintar quadros lhe dará pontos de vitória, porém alocar meeples das cores de outros jogadores lhe renderá pontos extras.
No final do jogo aquele que possuir mais pontos de vitória será o vencedor.
Considerações:
Van Gogh é um jogo simples nas regras, mas que possui um bom grau estratégico. Ele é um jogo bem diferente justamente devido a rolagem de meeples e as diferentes maneiras da alocação deles.
Outro ponto crucial no jogo é a escolha de quais cores de meeples pegar, uma vez que muitas vezes você não terá sua cor disponível para fazer o controle de área. Este é um ponto de balanço interessante no jogo, pois colocar meeples de cores dos adversários vai ajuda-los no controle de área, mas também irá te render mais pontos na alocação. Logo a escolha do local de alocação se torna crucial.
Para coroar tudo isso o jogo possui uma arte belíssima, fazendo com que o sua mesa de jogos se torne uma verdadeira obra de arte.
Com isso encerramos os jogos da Conclave. Gostaria de agradecer a todos da editora pelo carinho ao me receber durante a Spiel. Volto em alguns dias com o artigo sobre os jogos independentes.
Vale lembrar que estão saindo outros textos sobre os protótipos com o Jean e os Covileiros e além disso fizemos uma live que falamos sobre nossas jogatinas na Spiel que deixarei o link abaixo.
Um abraço e até a próxima !!!