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Diário de um Jogador: Como tudo começou (ou de onde vem a paixão com jogos analógicos)

Covil dos Jogos por Covil dos Jogos
5 anos atrás
em Blog Nórdico, Fala Covileiro!
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Diário de um Jogador: Como tudo começou (ou de onde vem a paixão com jogos analógicos)
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Estou no mundo dos jogos analógicos modernos desde 2008. Pensando retrospectivamente desde essa época e muito antes, consegui montar na minha cabeça de onde essa paixão (que é antiga) por jogos (análogicos ou não) surgiu. Muitos começaram a paixão por jogos ditos analógicos pelo RPG ou pelo Magic ou mesmo um ou mais jogos de baralho em família. Eu também tive minha cota farta de RPG e Magic mas eles não serão o foco deste artigo, no entanto, o jogo de baralho vai entrar.

O primeiro jogo analógico que tive um forte contato e que foi muito influente na minha vida de jogador certamente foi um clássico jogo de cartas (pelo menos no Brasil) chamado Truco. Esse pequeno grande jogo de blefe, sorte e porque não malícia, normalmente jogado em duplas teve grande influência em mim e em minha família.

Meu pai e tios se encontravam frequentemente em casa para jogar esse jogo maravilhoso onde o blefe e quem grita mais alto, podem definir uma partida. Desde quando eu era bem pequeno, lembro do meu pai jogar e sempre me incentivando a jogar também. Como eu era muito novo, consegui aprender as regras rapidamente mas os macetes e artimanhas do jogo levou um pouco mais de tempo para internalizar (Piaget explica). Nessa época, dependendo da partida, a mão até tremia na hora de jogar uma carta com medo de estar fazendo uma jogada ruim e estar arruinando o time. O truco me ensinou duas coisas muito importantes: o momento de blefar e a hora de entender o que o seu parceiro de time está pensando e planejando.

O blefe no truco é uma coisa tão mágica que quando você consegue induzir o time adversário a cair na sua armadilha e com isso você consegue ganhar muitos pontos, é uma sensação muito recompensadora. Entender o que o seu parceiro quer fazer, baseado no que ele conseguiu sinalizar é outra coisa fantástica. O truco é um jogo muito interessante para quem gosta de jogos em duplas e confronto direto com muito blefe.

Falando agora de jogos de tabuleiro propriamente ditos, a minha primeira experiência com tabuleiros “modernos” foi o Tapete Voador. Esse jogo é de 1987 publicado pela Ravensburg e a cópia que tive, foi uma cópia da inacreditável Grow. Sim, era uma versão em português em qualidade aceitável. Esse jogo me marcou muito por dois motivos principais.

O primeiro motivo foi um componente específico que eu nunca tinha visto em jogos como War e Banco Imobiliário, Tiles. Isso mesmo, os famosos e difundidos tiles que tanto vemos nos jogos modernos. O jogo é uma corrida do ponto A ao ponto B onde a movimentação é feita por cartas que possuem quantidades de movimentos e algumas direções. Acontece que no meio do caminho o jogador encontrará alguns obstáculos como nuvens e edifícios. As nuvens são tiles de papelão irregulares e os prédios são retângulos de vários tamanhos. A vivacidade de cores e beleza dos prédios me impressionou muito naquela época e ainda considero muito bonitos.

Tiles de nuvens e prédios
Cartas, tabuleiro e manual

O segundo motivo da marca na alma foi um fracasso. Sim leitor, fracasso em aprender as regras em sua plenitude e conseguir jogar pelo menos uma partida do jogo. Eu deveria ter meus 9 anos de idade e ninguém para me ajudar a decifrar aquelas “complicadas” regras. Tentei ler as regras várias vezes, mas alguma coisa me impedia de iniciar uma partida. Naquela época, para agravar, não tinha nenhuma pessoa para jogar comigo. Em todo caso, consegui utilizar as peças do jogo em outras brincadeiras.

Há alguns anos atrás, consegui adquirir uma cópia alemã em bom estado de conservação. Até 2019 não tive a chance ainda de jogar uma partida, mas esse desvio de caráter será corrigido em breve. O interessante é que fui ler as regras e fóruns do boardgamegeek e o manual realmente é mal escrito e gera muitas dúvidas. Parece que não conseguir aprender as regras não foi totalmente culpa daquele menino de 9 anos.

O terceiro jogo (segundo de tabuleiro) que me influenciou fortemente foi o digníssimo Hero Quest da estrela, com as suas suntuosas miniaturas de papelão. Esse jogo foi bem influente porque na mesma época, eu estava conhecendo o RPG e especificamente o Dungeons and Dragons. A temática medieval, masmorras e criaturas para combater me deixavam fascinado. Heroquest tem uma coisinha que deixou esse jovem jogador maravilhado na época. O conceito de Overlord era até inovador, mas estávamos acostumados a sempre jogar jogos contra oponentes reais e isso não me chamou a atenção. O que me caiu o queixo foi o jogo ter campanha (e além disso, expansões da campanha). A sensação de evolução da história e do seu personagem no jogo de tabuleiro (e não apenas no RPG) me fizeram jogar aquele jogo freneticamente. Para quem conhece e já jogou, a partida intitulada “Ouro de Tolo” deixou amargas lembranças e aprendi a nunca confiar em ninguém. Nunca joguei como Overlord, sempre fui do time dos mocinhos e valeu cada partida.

O temível Zargon – o Dungeon Lord

Após um grande hiato nos tabuleiros e depois de conhecer a falecida Ilha do Tabuleiro e consequentemente o Board Game Geek (https://boardgamegeek.com), a mudança total de paradigma aconteceu: Puerto Rico.

Quando conheci os dois sites e consequentemente a infinidade de jogos modernos à disposição, meu primeiro impulso foi comprar um jogo para conhecer aquele vasto mundo de papelão, plástico e madeira. Pesquisei e na época o Puerto Rico era o jogo número do 1 do mundo (de acordo com o BGG). Além disso, o jogo era criado por um alemão e produzido por uma empresa americana chamada Rio Grande Games. Além disso, o jogo não tinha sorte envolvida.  Aquilo de um jogo não ter sorte não entrava na minha cabeça e foi uma grande mudança de paradigma (assim como foi o modo campanha do Heroquest). Eu não conseguia conceber como um jogo poderia se desenrolar sem sorte e rolagem de dados.

Efetuei a compra e após quase um mês de espera, aquela obra prima chegou na minha casa. Após devorar o manual, o jogo foi colocado na mesa e durante outro mês fomos jogando com regras erradas até ficar tudo perfeito (sempre tinha um detalhe que faltava). Puerto Rico é um jogo tão espetacular que hoje em dia (2020) ele ainda é um jogo muito bom e não envelheceu nada. As várias estratégias possíveis e dinâmica gerada com as ações dos jogadores torna esse jogo um clássico eterno que provavelmente será lembrado daqui uns 50 anos.

A ideia do texto foi resgatar da memória, jogos que realmente moldaram o meu gosto pelos jogos analógicos e posso dizer que os jogos: Truco, Tapete Voador, Heroquest e Puerto Rico realmente fizeram a diferença.

Alison Arantes é analista de redes de computadores por profissão e colecionador/jogador por paixão. Mora em Belo Horizonte e tenta jogar sempre que possível desde 2008. Tem predileção por jogos euros estratégicos leves/médios mas não dispensa um bom jogo Legacy.

Tags: Hero QuestPuerto RicoTapete Voador
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