Faaalaaa Poovoo!! Aqui é o Pikachu mais uma vez na coluna Papo do Ladino. Como vocês estão nessa quarentena? Espero que bem. Este é um review com as nossas primeiras impressões sobre o jogo Cosmos, um jogo com temática espacial que está em financiamento coletivo no Catarse, já sendo um sucesso na plataforma.
Antes de prosseguirmos gostaria de avisar que jogamos o Cosmos através do Tabletopia. Portanto não será possível analisar os componentes do jogo. Outro ponto é que, por ainda estar em financiamento coletivo, o jogo pode receber algum ajuste nas regras, desta forma o que for apresentado aqui poderá não ser definitivo.
Visão Geral
Cosmos é um jogo do Designer Diego de Morais da Editora Dijon Jogos. Um jogo estratégico que comporta de 1 a 4 jogadores. Dentre as suas mecânicas nós temos: Construção de Baralho, Jogadores com Diferentes Habilidades, Movimento Ponto a Ponto e Gestão de Mão.
O tema do jogo é bem diferente de jogos espaciais em geral, em vez de explorarmos e colonizarmos planetas, em Cosmos nós somos Protoplanetas e nosso objetivo é nos tornarmos um planeta.
Neste post eu não serei muito detalhista quanto as regras do jogo, afinal são minhas primeiras impressões.
Tabuleiro
Cosmos apresenta muitos pontos interessantes, o primeiro que gostaria de destacar é justamente o tabuleiro do jogo que é belíssimo.
O tabuleiro representa um sistema solar, onde o centro é o sol e cada um dos jogadores é um protoplaneta, podendo estar mais perto ou longe da estrela. Desta forma o movimento de translação de cada um dos protoplanetas é variável, sendo que para alguns planetas dar a volta em torno do sol é fácil e para outros é bem demorado, como em nosso próprio sistema solar, onde Mercúrio possui um movimento de translação de 87 dias e a Terra de 365.
A maneira que isso foi balanceado é justamente na quantidade de recursos disponíveis neste caminho dos protoplanetas e na sua carta de ação específica.
Recursos
Por ser um sistema em construção, existe muita matéria flutuante no espaço e cabe a você como um protoplaneta capitar e capturar essas matérias. Entre os recursos nós temos: Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio, Ferro e Carbono.
Basicamente sua jogatina será baseada o quão bem você consegue pegar esses recursos e quão bem você consegue usá-los.
Protoplanetas
Cada jogador possui uma ficha de seu protoplaneta. Você usa os elementos para melhora-lo. Dependendo de qual melhora for feita, seu protoplaneta ficará melhor em fazer algo.
-Quando a gravidade é melhorada, você consegue buscar elementos a distância mais longas.
-Melhorar a rotação, permitirá que você jogue mais cartas durante o seu turno.
-Melhorar a atmosfera, irá permitir que você possa avançar seus pontos de vitória durante a jogatina.
-Melhorar a temperatura de seu planeta, irá fazer com que você ganhe pontos de vitória ao final da partida.
Além disso no início do jogo, você escolhe uma carta de Microrganismo, que irá te dar um bônus inicial diferente.
Cartas de Ação
A maneira de se jogar Cosmos é bem simples de se aprender. No jogo você possui um baralho de cartas, onde você deverá usar uma carta a sua escolha e assim executar a ação da mesma, como no jogo Concordia por exemplo.
Após executar a ação, você pode comprar uma carta e assim adicioná-la à sua mão. O custo de elementos da carta comprada, está descrito no tabuleiro de acordo onde o baralho está posicionado
Alguma das cartas possuem custos para poderem ser usadas. As cartas também podem possuir pontuação para o final da partida.
Existe um baralho especifico, que irá fornecer cartas que mudam alguns aspectos do seu protoplaneta, adicionando satélites naturais a ele por exemplo.
Vale ressaltar que além das cartas iniciais e das cartas que podem ser compradas, cada protoplaneta começa com uma carta especial própria, deixando-o único.
Review Jean
Os jogos de designers nacionais, tem cada vez mais me surpreendido e não foi diferente com Cosmos. O jogo possui uma proposta de tema diferente, já que cada jogador é um Protoplaneta e isso despertou muito a minha curiosidade.
A arte do jogo está linda e com certeza pela arte já tem o Selo é Lindo!
A partida fluiu muito bem, o Diego designer do jogo havia adiantado pra gente o quanto o jogo poderia durar no tabletopia e para surpresa de todos, durou bem menos do que o esperado, apesar do tabletopia ser uma ferrament, digamos que difícil de se manusear.
Tudo no jogo está bem encaixado, as órbitas de cada planeta, a carta de cada planeta, a forma como você constrói o seu ‘deck’, coleta de recursos tudo trabalha muito bem e faz com que você pense em cada jogada, o quanto avançar com seu planeta na órbita, onde parar, quando tirar um recurso da órbita de seus adversários e é ai que está um dos pontos fortes do jogo, a interação com outros jogadores, como você consegue aprimorar seu planeta para coletar recursos cada vez mais longe, você começa a tirar recursos de órbitas dos seus adversários, proporcionando assim o meu velho e querido BLOCK.
Apesar dos recursos parecerem abundantes no tabuleiro, se você se planejar mal, sua rodada não lhe renderá os recursos que você precisa e aqui encontro outro ponto forte do jogo, como cada carta que você desce para realizar uma ação fica indisponível até que você use a carta para voltar todas de volta à sua mão, você deve se planejar muito bem e ter atenção em todas as opções disponíveis e ainda tentar ler o que seus adversários pretendem fazer, para que assim você se antecipe á eles.
O jogo me pareceu bem apertado, a pontuação foi muito próxima e em nenhum momento durante a partida eu consegui identificar um vencedor.
Cosmos me deixou com um gostinho de quero mais e como ele está disponível no tabletopia para testarmos, já quero programar uma nova partida dele. Fico feliz com seu sucesso no catarse, esse projeto e o Diego merecem e muito. Conheci Cosmos á 3 anos quando ainda era só um protótipo, não tive a oportunidade de jogá-lo na época, mas ver um projeto assim sendo realizado é bem gratificante e muito bom pro nosso mercado de designers nacionais.
Em resumo, o jogo é incrível, tema muito presente, sinergia nas ações e arte linda!
Review Pikachu
Cosmos foi uma grata surpresa. Ele é um jogo que possui um bom grau de complexidade e ainda assim é extremamente gostoso de se jogar. As mecânicas são bem simples sem chegar a ser bobas.
O que eu mais gostei do jogo foi justamente como os protoplanetas parecem iguais mais ao mesmo tempo tão diferentes. As temperaturas, as cartas únicas e os diferentes movimentos de translação, deixam uma sensação de jogo assimétrico, apesar de não ser.
As decisões do que evoluir, quando evoluir, qual carta jogar estão sempre presentes durante a sua jogatina, justamente porque você sempre deverá adaptar a sua jogada de acordo com o que está acontecendo, pois, os jogadores interferem um nos outros.
Sobre os elementos que trarão a rejogabilidade, em Cosmos você possui os microrganismos que mudam a sua jogatina. Além disso você possui baralhos para a compra de cartas que podem ser substituídos.
Vale ressaltar que o jogo também possui um modo solo de jogatina.
Cosmos é um dos melhores jogos nacionais que já joguei, possui um tema interessante, maneiras de se jogar inovadoras, estratégico na medida certa e gostoso de se jogar. Além de tudo isso você ainda é coroado com a Arte do Tiago Souza que neste jogo criou uma das artes mais fantásticas de todos os jogos que eu já vi.
Segue abaixo o Link do financiamento coletivo:
https://www.catarse.me/cosmos_boardgame
Até a próxima pessoal !!!