Faaaaala Povoo!!! Aqui é o Pikachu, na estreia dessa nova plataforma de comunicação com vocês, agora na coluna Papo do Ladino onde vou escrever artigos sobre o mundo dos board games em geral, assim como também fazer reviews escritos.
Eu pensei em qual jogo gostaria de falar primeiro e Zombicide veio logo em minha cabeça. Mas sobre qual Zombicide eu devia escrever? Bem, não consegui me decidir então falarei da franquia Zombicide como um todo. Sobre as mudanças e diferenças de um jogo para o outro. Vamos começar?!

Pra quem não conhece Zombicide ele é um jogo em que os integrantes jogam em equipe (jogo cooperativo) realizam missões e se ajudam em meio a um apocalipse zumbi. Sobre os zumbis nós temos, dos mais fracos para os mais fortes: lerdos, corredores, balofos e abominações. Está é de certa forma a premissa e a fórmula de todos os jogos da série.
O maior apelo de Zombicide são suas miniaturas primorosas e suas referências a cultura pop, que é extrapolado no financiamento coletivo da série, mas isso fica para outro artigo. Lembro até hoje do meu primeiro contato com Zombicide, onde vi que alguns de seus personagens principais era o Rick de The Walking Dead e Jesse Pinkman de Breaking Bad. Foi amor à primeira vista!

Na primeira versão de Zombicide temos um apocalipse Zumbi no mundo contemporâneo. Zumbis estão por todas as partes da cidade e você deve realizar as missões o mais rápido possível antes que seja tarde demais. Esse é o jogo mais enxuto da série, possui regras simples, mas é o mais mortal. Nesta versão do jogo o tempo é o seu maior inimigo: as hordas de zumbis não param de entrar no mapa e os personagens são ‘frágeis’ fazendo deste jogo uma verdadeira corrida contra o tempo.
Um dos pontos negativos desta versão está ligado principalmente a sorte. Já perdi as contas do número de vezes que na primeira sala aberta já dávamos de cara com uma abominação, o que já podia ser considerado praticamente um jogo perdido, mesmo assim não deixávamos de nos divertir. Outro ponto são as armas: zumbis balofos precisam de armas que causam dois de dano para serem eliminados, mas a sorte pode fazer que você não encontre uma dessas tão cedo, o que pode deixar o jogo frustrante, mas por se tratar de um jogo de corrida contra o tempo isso talvez só deixe as coisas mais desesperadoras e interessantes.
Mas pra esse que vos escreve nada é mais frustrante do que a regra de fogo amigo. Na primeira edição de Zombicide, se você atacar uma região com uma arma de longa distância (revolver, escopeta, rifle), você acertará primeiro o seu amigo e não o Zumbi. Esse pra mim é a pior regra possível, pois é algo simplesmente feito para não deixar um sobrevivente sair de uma horda de zumbis, se não for por armas corpo a corpo. Mesmo assim essa edição ainda vale a pena ser adquirida, garantindo horas de diversão, frustração, alegria e desespero para você e seu grupo, como todo bom apocalipse zumbi. Vale ressaltar que essa versão do jogo possui três temporadas, mas neste review falaremos somente sobre a primeira caixa.

Surgido de uma pegadinha que agradou tanto os fãs da série ao ponto de realmente se tornar um jogo, a próxima evolução de Zombicide é Zombicide Black Plague. Assim como o seu antecessor, ZBP é um jogo sobre apocalipse zumbi, mas desta vez temos com plano de fundo um mundo medieval fantástico. Um terrível necromante está espalhando a praga negra. Através daqueles que morrem pela praga, o necromante cria seu exército e cabe a você e seus amigos incorporarem guerreiros, magos, ladinos, guardiões, elfos e anões (no melhor estilo RPG), e enfrentar essa ameaça.
Diferente de seu antecessor, Black Plague é um jogo mais de enfrentamento. Você deve muitas vezes aniquilar as hordas de zumbis até chegar no necromante para mata-lo, pois quando um necromante entra no mapa ele cria um ponto temporário de saída de zumbis e caso ele consiga fugir por outro ponto de saída de zumbi no mapa , aquele ponto temporário criado se torna permanente, deixando o jogo mais difícil.
Uma das coisas mais interessantes dessa edição é que foi implementado um esquema de armaduras. Desta vez se um zumbi te acerta você rola um dado de acordo com a sua armadura, o ataque pode errar o personagem e atingir somente a mesma, não causando danos ao seu herói. Magias também foram adicionadas no jogo, causando efeitos variados e não somente dano direto, o que combina bastante com o plano de fundo do cenário.

Algo que foi alterado neste jogo foi o fogo amigo. Agora somente os ataques à distância que erram o zumbi, têm chance de acertar o seu aliado que está na mesma área do inimigo atacado, tornando esta ação menos frustrante, mas ainda tendo seus riscos.
Na minha opinião essa foi a edição que mais gostei do plano de fundo, ainda mais que com as expansões você adiciona orcs zumbis, lobisomens zumbis e até mesmo um dragão zumbi. Gostei tanto que acabei ajudando no financiamento coletivo, onde podemos ver uma alegoria de referências à cultura pop: Monty Python em Busca do Cálice Sagrado e Drácula de Bram Stoker, são apenas alguns de muitos filmes referenciados nesta versão.
Sobre o problema desta versão, nós temos a questão das armas. No primeiro jogo isso era um problema, mas não era tão grave assim, uma vez que era um jogo de tentar escapar de algo. Em Black Plague, o uso das armas se torna realmente frustrante, uma vez que uma horda de balofos pode fazer com que você não consiga chegar no necromante e tenha que passar os turnos revirando dentro de casas até encontrar uma arma competente, o que pode dar tempo para o necromante escapar. Mesmo assim, ZBP é recomendável para todos aqueles que gostam de um bom jogo cooperativo e gostam de fantasia medieval.
Abaixo Segue alguns de nossos gameplays do ZBP !!
Quando eu achava que Zombicide pararia por aí, eis que surge Zombicide Invader. Agora temos zumbis no espaço, ou são alienígenas infectados, ou são zumbis alienígenas?!? Deixando as brincadeiras de lado, o plano de fundo desta edição é o horror espacial, no melhor estilo da franquia Alien, O Oitavo Passageiro. No jogo, uma raça de alienígenas chamada Xenos, ataca os humanos em suas bases espaciais e cabe a estes astronautas se defenderem e tentarem sobreviver enquanto fazem missões.
Este é o jogo mais completo da série, com regras mais redondas e com mais diferenças nos personagens. A primeira diferença começa na escolha de seu personagem, que pode ser um civil ou um militar. Militares possuem maior resistência, uma vez que seus trajes os protegem, mas isso prejudica sua mobilidade, já que eles só conseguem pegar itens em áreas militares. Enquanto isso os civis têm vida mais baixa, mas podem procurar em qualquer lugar.

Os Xenos também são diferentes dos zumbis tradicionais, sua abominação deixa um rastro de Mofo que danifica as salas deixando os cenários cada vez menores, fazendo com que as abominações sejam alvos primários na eliminação para uma vitória mais concreta.
Então você me pergunta: “mas Pikachu, abominação são mortas com 3 de dano, isso não volta aquele problema das versões anteriores sobre as armas?”. Bem meu jovem padawan, eles consertaram isso com uma nova mecânica chamada fogo concentrado. Fogo concentrado é uma mecânica em que o personagem usa todos os seus esforços para eliminar um único alvo. Respeitando as regras na prioridade de tiro em ataques a distância, você escolhe um alvo e usa sua arma somente nele e multiplica o número de acertos com o dano da arma, se o resultado for maior que a vida do Xenos ele morre, resolvendo de uma vez por todas os problemas das armas do Zombicide.

Zombicide Invader também inova bastante colocando uma mecânica de parte interna e externa das bases planetárias. Se um jogador quiser ir em uma parte externa de uma base planetária, ele precisa antes de um tanque de oxigênio, afinal estamos no espaço. Outra coisa a se preocupar, é o tipo da arma utilizada: armas com projeteis comuns não são efetivas no espaço, sendo necessário então uma arma a laser para poder ter algum efeito. Armas a laser são bem fortes, mas infelizmente precisam de baterias para serem utilizadas, deixando o uso delas mais difícil.
Robôs e armas que são ativados remotamente são apenas algumas das outras coisas que você acha neste jogo, tornando ainda mais fantástica a experiencia de jogar Zombicide Invader.
Não consigo pensar em algum defeito relevante de Zombicide Invader. Talvez a administração das áreas de mofo seja o maior defeito, mas é apenas algo chato, não atrapalhando em nada a experiência do jogo que em minha opinião. É o melhor jogo da série
Por fim se você gosta de jogos cooperativos com belas miniaturas e extremamente temático, com muitas regras, mas simples de entender, Zombicide pode ser o jogo para você.
Caso queira ver o nosso gameplay de Zombicide Invader o link do vídeo segue abaixo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Zombicide
PRÓS
- Jogo em Equipe
- Temático
- Comporta até 6 jogadores ( aumenta o número com expansões)
CONTRAS
- De Longa Duração
- Sorte Elevada
Avaliações
-
Pikachu
Primeiro lugar Parabéns a toda equipe do Covil por mais esse opção que é o site.
Pikachu seu Ladino, gistei da idéia de vc explicar sobre determinado jogo, sou fã de Zombicide também, mesma opinião que vc tem eu tenho na questão de um sobrevivente levar dano por estar no mesmo quadrante que um zumbi, é lógico que um sobrevivente tem muito mais habilidades e rapidez de se esquivar para levar um tiro, acho que isso foi um erro lamentável do ZCS1 que não precisava, fora isso é um jogão. Parabéns novamente meu caro, abraços.
ATT: Osvaldo de SC.
Fala Osvaldo! Valeu por ler o post e comentar! Depois dê sua opinião sobre os textos! Abraço!
Gosto muito do Zombicide! Já jogava e até tinha uma boa coleção de Bg, mas foi com Zombicide que comecei a levar isso tudo como um hobby. Num momento difícil da minha vida, esse jogo me divertiu bastante, e por isso tenho um grande carinho por ele, que sempre vê mesa aqui! Parabéns pelo post Pikachu! Abraços!
Ainda não possuo um Zombicide na coleção, mas com certeza o Invader vai ser a escolha certa. A vibe de ficção científica e do filme Alien me atraiu bastante, além de eu particularmente gostar muito de cooperativos e saber que esse Zombicide é o melhor da série é não possui erros na sua jogabilidade. E também foram as miniaturas que mais me chamaram a atenção.
Adoro Zombicide! Foi o jogo que me apresentou ao hobby, o 2o jogo que comprei e um dos preferidos do meu grupo, ainda hoje!